BioShock 2

Repetindo a fórmula de sucesso e com algumas novidades, incluindo o modo multiplayer e a Big Sister, BioShock 2 é um dos destaques do mês.

A velha fórmula deu certo: não mude muito o que você já fez e acrescente algumas novidades para fazer um continuação de sucesso. Podemos dizer que BioShock 2 bebeu dessa fórmula. Mas é claro que BioShock é muito mais que isso. Muito mais porque já nasceu espetacular, e, mesmo que não tenha mudado tanto em seu segundo título, tem uma herança excelente de seu antecessor e proporciona mais uma vez ao jogador uma grande experiência. Novatos têm mais uma chance de aprender sobre Rapture, e veteranos vão se familiarizar com facilidade à segunda jornada.


O ano é 1968. Dez anos após os acontecimentos do original, Rapture ainda fervilha. A cidade foi a visão do gênio de um homem que sonhou com uma comunidade perfeita. Andrew Ryan imaginou um lugar dentro do oceano, auto-suficiente, com tecnologia e que considerava cada indivíduo único e primordial. Mas seu sonho acabou quando o uso da engenharia genética, de uma droga chamada Adam e do pensamento de alguns dos membros de Rapture minou os ideais originais da utopia. A energia genética modificou corpo e mente das pessoas que buscavam poder no Adam, transformando-as nos Splicers, além de algumas pessoas que tentaram dominar o local. Esse é BioShock.

Já em 1968, o espólio de Andrew Ryan é dominado principalmente por uma mulher chamada Sofia Lamb. Suas ideias são diferentes das de Ryan, já que ela acredita no conjunto, não no indivíduo. Sofia aponta esse como o erro fatal da antiga Rapture e tenta empregar sua filosofia ao local. Para manter a cidade, ela transforma as Little Sisters (sim, elas estão de volta, mesmo levando em conta o final de BioShock) originais nas Big Sisters, as novas guardiãs de Rapture. Elas sequestram meninas na costa do Atlântico para substituir as Little Sisters perdidas. É neste novo cenário que você entra.

Você joga com o Projeto Delta, primeiro Big Daddy a ter com secesso um vínculo com uma Little Sister. Mas Delta é eliminado por ter se apegado demais à menina, considerando-a sua filha. Mantido por um Vita Chamber (local onde o jogador volta após ser eliminado no game), Delta é revivido, Brigid Tenenbaum, uma das que deseja ver o fim da atual situação de Rapture, pede para que ele detenha Lamb.


O mundo de Rapture
O mundo de BioShock é formado pelo sonho de Ryan, a cidade de Rapture. Mas com o declínio do local, o legado de seu criador, que antes ostentava uma alta tecnologiapara a época, além de locais para se viver, trabalhar e divertir, transformou-se em um local decadente. O que antes era para a convivência, passou a regiões desoladas, cheias de perigos e armadilhas decorrentes do abandono e da ação dos Splicers – pessoas que usaram de maneira indevida os plasmids, elementos químicos que dão poderes aos seus usuários. Mas os Splicers acabaram se tornando “monstros”, capazes apenas de atacar o que encontrarem em seu caminho. Além dos Splicers, Rapture ainda possui seus guardiões, os Big Daddies. Com um número bem menor que no primeiro game, eles ainda batem firme seus grandes pés pelas ruas de Rapture, mas apenas atacam se forem amolados ou se suas Little Sisters, meninas que recolhem o Adam (droga que dá origem aos plasmids) dos corpos dos Splicers sejam atacadas. O jogador deve percorrer os caminhos, apontados geralmente por comunicadores, por pessoas contrárias a Lamb, atual mandatária do espólio de Ryan.


O alto nível de dificuldade oferecido por BioShock 2 contraria o nível das missões. São objetivos simples, como recolher objetos ou destruir alvos. A ação encontra-se mesmo nas idas e vindas pelo cenário. Os inimigos estão espalhados, são numerosos, mas a munição não é tão escassa como no primeiro game.

Os Vita Chambers estão de volta. Eles são os famosos checkpoints do game e fonte de reclamação por parte dos jogadores do primeiro, sob a alegação de redução da dificuldade do game. Basta morrer, que o jogador volta ao Vita Chamber quantas vezes forem necessárias. Agora, em BioShock 2, os Vita-Chambers podem ser desativados.


Duas coisas ao mesmo tempo
Para não parecer uma expansão do primeiro game, BioShock 2 apresenta algumas novidades, muitas delas sugestões dos jogadores que passaram por Rapture anteriormente. Além dos Vita Chambers já citados, algumas mudanças são notadas para aprimorar o game. Por exemplo, temos o hack. No primeiro, colocar o sistema de vigilância a seu favor era possível através de um minigame de encanamentos. Agora, o sistema de hack é feito por um painel e um ponteiro que vai da esquerda para a direita. O jogador deve apertar o botão no momento certo várias vezes para conseguir sucesso. Mais simples que o original.



No primeiro game, só se obtém Adam decidindo-se sobre o destino das Little Sisters. Agora, você pode conseguir o líquido dos upgrades ajudando as próprias Little Sisters a recolher o material. Por último, temos a boa mudança nas armas do jogo.

Além da inclusão de novos plasmids e armas, é possível usar ao mesmo tempo as duas ferramentas. Você pode atirar com a shotgun enquanto põe fogo em seu alvo. Sem a perda de tempo, as duas armas podem ser usadas simultaneamente para eliminar o adversário e não aquele apertar de botões desnecessário para alternar entre arma e plasmid.

Big Sister
Apesar das novidades citadas acima, a principal é sem dúvida a inclusão da Big Sister ao game. Em todos os sentidos, a nova personagem enriquece o game e apresenta um novo nível de dificuldade aos fãs de BioShock. Conta com ataques à distância e corpo-a-corpo, é muito mais rápida que outros inimigos e aguenta muito mais danos. Quando ela está para atacar, em qualquer momento do game, seu grito estridente pode ser ouvido por todo cenário. É um momento de agitação, medo e adrenalina para o jogador. O grito é o sinal que mais uma vez a tão terrível adversária está pronta para atacar. O cenário é ainda mais completo quando há Splicers e Big Daddies no mesmo palco, tornando a vida do jogador um inferno (e muito melhor).
A participação fica completa no final do game, em que há um acontecimento muito interessante. Mas aí já entramos na área do spoiler. Só jogando para saber.

Finalmente multiplayer
Faltou no primeiro, mas está presente no segundo. BioShock inaugura um sistema multiplayer para aqueles que desejam se digladiar pelos cenários de Rapture. Aproveitando-se da boa estrutura do game, aliado às idéias adaptadas ao modo, jogar o multiplayer de BioShock é um caso à parte. Os cenários do game são transformados em arenas para os combates e vários dos elementos do game são repassados ao modo. Little Sisters participam das partidas, assim como os Splicers e Big Daddies (você pode escolhê-los para jogar) e muito mais.

Os modos de jogo são vários, e cada um deles tenta extrair o máximo do game e dos jogadores. No Survival of the Fittest, o jogador encontre um Deathmatch clássico e vence aquele que marca 20 pontos primeiro. No Civil War, o esquema é mais parecido com o Team Deathmatch, no qual vence o time de jogadores que marcar mais pontos. No Last Splicer Standing, o modo também se assemelha a um Team Deathmatch, mas os que morrem não voltam para a mesma partida e vence o time que sobreviver. Em Capture the Sister, o jogador entra em uma espécie de Capture the Flag, em que um time deve proteger uma Little Sister e transportá-la para outro ponto do mapa enquanto o time adversário tenta eliminá-la. No modo Adam Grab: Little Sister, o jogador que estiver com a Little Sister deve ajudá-la a recolher Adam. O primeiro que recolher o líquido por três minutos seguidos vence. No Team Adam Grab acontece o mesmo que o anterior, mas a partida é em forma de time. Finalmente, no sétimo modo, Turf War, vence o time que tomar o controle de pontos específicos no mapa.

Aprovado mais uma vez
Entre novidades e velhas características, BioShock 2 se mostra um FPS sólido no novo modo multiplayer e interessante em sua campanha solo. As adições da Big Sister e da possibilidade de usar armas e plasmids ao mesmo tempo fazem a nova visita a Rapture valer muito a pena. Novatos vão estranhar um pouco, mas logo estarão familiarizados, assim como os veteranos, que encontrarão novas possibilidades de estratégia para eliminar os inimigos. Aliado à exelente trilha sonora radiofônica da era de ouro norte-americana, mais os gráficos de alta qualidade, você deve jogar BioShock 2.

Produção: 2K Marin
Distribuição: 2K Games
Jogadores: 1 – 10
Site: bioshock2game.com
Online: Sim
SIXAXIS: Não

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